Minha trajetória e a história do IMGT
Minha trajetória e a história do IMGT
O Início
Meu nome é Marcelo Gomes, sou psicólogo e me graduei em Psicologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2004. Antes disso, porém, estava fazendo graduação em Direito, mas estava muito insatisfeito com o curso e com a prática nos estágios. Entre vários trancamentos de matrícula e abandonos de matérias, não conseguia me graduar, mas também não sentia confiança em abandonar o curso (uma típica Gestalt cristalizada…).
Eu tinha uma crença neurótica (introjeção) que “tenho que me graduar na faculdade”, e fazia Direito porque “esse curso dá dinheiro” (outra introjeção…), e ao finalmente fazer uma pergunta mais autêntica (“afinal, qual curso universitário eu realmente vou gostar?”), a resposta me veio como insight: Psicologia! Eu me interessava pela Psicologia desde os 13 anos, mas nunca pensei realmente em fazer o curso por conta de outra introjeção: “esse curso não dá dinheiro”… Ao mesmo tempo, já estava muito claro que, com meu desinteresse, falta de motivação e falta de disciplina eu não iria realmente prosperar no Direito…
Meu nome é Marcelo Gomes, sou psicólogo e me graduei em Psicologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2004. Antes disso, porém, estava fazendo graduação em Direito, mas estava muito insatisfeito com o curso e com a prática nos estágios. Entre vários trancamentos de matrícula e abandonos de matérias, não conseguia me graduar, mas também não sentia confiança em abandonar o curso (uma típica Gestalt cristalizada…).
Eu tinha uma crença neurótica (introjeção) que “tenho que me graduar na faculdade”, e fazia Direito porque “esse curso dá dinheiro” (outra introjeção…), e ao finalmente fazer uma pergunta mais autêntica (“afinal, qual curso universitário eu realmente vou gostar?”), a resposta me veio como insight: Psicologia! Eu me interessava pela Psicologia desde os 13 anos, mas nunca pensei realmente em fazer o curso por conta de outra introjeção: “esse curso não dá dinheiro”… Ao mesmo tempo, já estava muito claro que, com meu desinteresse, falta de motivação e falta de disciplina eu não iria realmente prosperar no Direito…
A Psicologia
Em uma decisão ousada e autêntica, abandonei o curso de Direito e comecei a graduação em Psicologia em 1999. Foi uma decisão difícil, pois todos os meus amigos e familiares julgaram ser um enorme erro… Mas isso é uma das características das decisões ousadas e autênticas: elas geralmente são muito criticadas, principalmente pelas pessoas que preferem não correr riscos e permanecer na chamada “zona de conforto”, que prefiro chamar de “zona de desconforto conhecido”.
Eu adorei o curso de Psicologia, e decidi me tornar psicoterapeuta assim que me formei. Apesar de ter conhecido muitas abordagens, a Gestalt já me conquistou no primeiro período, em um trabalho de grupo com esse tema. No entanto, descobri na vivência de consultório que ser psicólogo clínico era muito mais difícil que imaginara, havia muito investimento inicial e pouco retorno financeiro (não havia atendimento online, o consultório tinha que ser alugado e montado…)
A Psicologia
Em uma decisão ousada e autêntica, abandonei o curso de Direito e comecei a graduação em Psicologia em 1999. Foi uma decisão difícil, pois todos os meus amigos e familiares julgaram ser um enorme erro… Mas isso é uma das características das decisões ousadas e autênticas: elas geralmente são muito criticadas, principalmente pelas pessoas que preferem não correr riscos e permanecer na chamada “zona de conforto”, que prefiro chamar de “zona de desconforto conhecido”.
Eu adorei o curso de Psicologia, e decidi me tornar psicoterapeuta assim que me formei. Apesar de ter conhecido muitas abordagens, a Gestalt já me conquistou no primeiro período, em um trabalho de grupo com esse tema. No entanto, descobri na vivência de consultório que ser psicólogo clínico era muito mais difícil que imaginara, havia muito investimento inicial e pouco retorno financeiro (não havia atendimento online, o consultório tinha que ser alugado e montado…)
A captação inicial de clientes era também muito difícil (nem se pensava em captar clientes por rede social, o Orkut estava só começando…), e a problemática dos clientes era muito desafiadora. Resolvi buscar ajuda: fiz uma pós-graduação em Psicologia Clínica Gestáltica e Existencial em 2007, que me ajudou a firmar vários conceitos e, principalmente, abriu as portas para meu interesse em Fenomenologia, Existencialismo e Filosofia, tanto que fiz outra pós-graduação em Filosofia em 2009.
A captação inicial de clientes era também muito difícil (nem se pensava em captar clientes por rede social, o Orkut estava só começando…), e a problemática dos clientes era muito desafiadora. Resolvi buscar ajuda: fiz uma pós-graduação em Psicologia Clínica Gestáltica e Existencial em 2007, que me ajudou a firmar vários conceitos e, principalmente, abriu as portas para meu interesse em Fenomenologia, Existencialismo e Filosofia, tanto que fiz outra pós-graduação em Filosofia em 2009.
O Mestrado
Sempre me mantive na clínica, mas também mantinha um concurso público de carga horária reduzida para poder me bancar financeiramente, enquanto meu retorno como psicoterapeuta não fosse suficiente. Mas minha formação nas pós-graduações me trouxe o desejo de ser professor universitário, e dei aulas na UFMG de 2010 a 2011, e na PUC-MG em 2011. Para aprofundar minha formação como professor, iniciei o mestrado em Psicologia no ano de 2012, concluindo em 2014.
A Fumec
Em 2013, antes mesmo de concluir o mestrado, comecei a lecionar Gestalt-Terapia na Universidade Fumec, além de me tornar supervisor de estágio em Gestalt-Terapia. Eu já era apaixonado por lecionar, e rapidamente me apaixonei por supervisionar atendimentos clínicos dos alunos.
Por ter tido muita dificuldade no início da clínica, me senti muito realizado ao perceber como a supervisão de estágio que eu realizava estava ajudando os alunos a firmar os conceitos na prática e ganhar confiança nos atendimentos. Percebi que um ano de supervisão bem feita pode fazer uma diferença tremenda na prática clínica.
O Mestrado
Sempre me mantive na clínica, mas também mantinha um concurso público de carga horária reduzida para poder me bancar financeiramente, enquanto meu retorno como psicoterapeuta não fosse suficiente.
Mas minha formação nas pós-graduações me trouxe o desejo de ser professor universitário, e dei aulas na UFMG de 2010 a 2011, e na PUC-MG em 2011. Para aprofundar minha formação como professor, iniciei o mestrado em Psicologia no ano de 2012, concluindo em 2014.
A Fumec
Em 2013, antes mesmo de concluir o mestrado, comecei a lecionar Gestalt-Terapia na Universidade Fumec, além de me tornar supervisor de estágio em Gestalt-Terapia. Eu já era apaixonado por lecionar, e rapidamente me apaixonei por supervisionar atendimentos clínicos dos alunos.
Por ter tido muita dificuldade no início da clínica, me senti muito realizado ao perceber como a supervisão de estágio que eu realizava estava ajudando os alunos a firmar os conceitos na prática e ganhar confiança nos atendimentos. Percebi que um ano de supervisão bem feita pode fazer uma diferença tremenda na prática clínica.
Desde 2007, na minha primeira pós, surgiu o desejo de algum dia fundar uma pessoa jurídica para a prática e o ensino da Gestalt-terapia e da Psicologia Existencial-Fenomenológica. Poderia ser uma associação, um instituto ou uma sociedade, mas claramente não era o momento, pois eu mal conseguia firmar meu consultório. Porém, em 2015, diante do sucesso que a Gestalt-Terapia estava fazendo entre os alunos da Fumec, gerando inclusive uma demanda pelo estágio supervisionado muito maior que a oferta de vagas, o desejo de fundar o Instituto Mineiro de Gestalt-Terapia finalmente virou figura! Comecei, inclusive, a ser abordado pelos alunos que finalizavam o estágio e o curso, que me sugeriam exatamente montar um instituto para continuarem sua formação em Gestalt-terapia (Jung diria: sincronicidade!).
Em 2016, decidi me exonerar do cargo público de psicólogo que ocupava, devido a demanda crescente como professor e psicólogo clínico. Novamente foi uma decisão difícil, ousada e autêntica, pois fui novamente criticado por amigos e familiares (“o concurso é a única segurança que você tem”). Ressalto, porém, que nenhuma das decisões autênticas que tomei, por mais criticadas que foram, jamais me trouxeram arrependimentos…
Desde 2007, na minha primeira pós, surgiu o desejo de algum dia fundar uma pessoa jurídica para a prática e o ensino da Gestalt-terapia e da Psicologia Existencial-Fenomenológica. Poderia ser uma associação, um instituto ou uma sociedade, mas claramente não era o momento, pois eu mal conseguia firmar meu consultório.
Porém, em 2015, diante do sucesso que a Gestalt-Terapia estava fazendo entre os alunos da Fumec, gerando inclusive uma demanda pelo estágio supervisionado muito maior que a oferta de vagas, o desejo de fundar o Instituto Mineiro de Gestalt-Terapia finalmente virou figura! Comecei, inclusive, a ser abordado pelos alunos que finalizavam o estágio e o curso, que me sugeriam exatamente montar um instituto para continuarem sua formação em Gestalt-terapia (Jung diria: sincronicidade!).
Em 2016, decidi me exonerar do cargo público de psicólogo que ocupava, devido a demanda crescente como professor e psicólogo clínico. Novamente foi uma decisão difícil, ousada e autêntica, pois fui novamente criticado por amigos e familiares (“o concurso é a única segurança que você tem”). Ressalto, porém, que nenhuma das decisões autênticas que tomei, por mais criticadas que foram, jamais me trouxeram arrependimentos…
O IMGT
Ainda em 2016 estabeleci uma sociedade com alguns colegas, e logo alugamos um imóvel onde montamos seis consultórios, uma sala de cursos e uma sala de supervisão. Em outubro de 2016 a sede do IMGT estava montada! Foi incrível ver a materialização de um sonho 9 anos depois!
O objetivo do IMGT, além de promover cursos, supervisão e formação de gestalt-terapeutas, era também oferecer um suporte ao psicólogo recém-formado, pois além da formação havia também salas para sublocação, clínica social com atendimento pelos supervisionandos e vários espaços para conversas, trocas de ideias e compartilhamentos de experiências. Depois de muitos anos na clínica, já tinha percebido que o trabalho clínico pode ser muito solitário, e o IMGT era um espaço de encontro!
A primeira turma do IMGT começou em fevereiro de 2017, e diante da procura pelo curso e do aumento da demanda por supervisão (em pouco tempo, eu já supervisionava 30 profissionais), decidi me desligar da Universidade Fumec, em julho de 2017. Foi uma Gestalt difícil de ser fechada, pois adorava lecionar na Fumec e fui muito reconhecido pelos alunos, tendo sido homenageado como paraninfo e patrono por 4 vezes. A atividade no IMGT, no entanto, era ainda mais realizadora!
O IMGT
Ainda em 2016 estabeleci uma sociedade com alguns colegas, e logo alugamos um imóvel onde montamos seis consultórios, uma sala de cursos e uma sala de supervisão. Em outubro de 2016 a sede do IMGT estava montada! Foi incrível ver a materialização de um sonho 9 anos depois!
O objetivo do IMGT, além de promover cursos, supervisão e formação de gestalt-terapeutas, era também oferecer um suporte ao psicólogo recém-formado, pois além da formação havia também salas para sublocação, clínica social com atendimento pelos supervisionandos e vários espaços para conversas, trocas de ideias e compartilhamentos de experiências. Depois de muitos anos na clínica, já tinha percebido que o trabalho clínico pode ser muito solitário, e o IMGT era um espaço de encontro!
A primeira turma do IMGT começou em fevereiro de 2017, e diante da procura pelo curso e do aumento da demanda por supervisão (em pouco tempo, eu já supervisionava 30 profissionais), decidi me desligar da Universidade Fumec, em julho de 2017. Foi uma Gestalt difícil de ser fechada, pois adorava lecionar na Fumec e fui muito reconhecido pelos alunos, tendo sido homenageado como paraninfo e patrono por 4 vezes. A atividade no IMGT, no entanto, era ainda mais realizadora!
A Pandemia
As turmas de supervisão e os cursos continuaram crescendo, até que, em março de 2020, no meio da décima turma do curso, tive que paralisá-lo devido a pandemia. Jamais desejei atender ou lecionar online, mas logo percebi a situação não iria se resolver rapidamente. Assim, o trabalho online foi um ajustamento criativo necessário para o IMGT.
A turma 10 foi finalizada online, e as supervisões e atendimentos também continuaram nesse formato. O online foi uma grande surpresa, pois apesar de ser muito diferente da interação presencial, os atendimentos, aulas e supervisões fluíram muito bem, e com um ganho que não imaginava antes: logo havia supervisionandos e alunos de várias cidades, estados e países na mesma turma!
Ampliação do IMGT
Assim, como um bom exemplo de ajustamento criativo diante de um meio altamente desafiador, o IMGT se ampliou desde o início da pandemia! Hoje são cerca de 50 profissionais nos grupos de supervisão, e nossa clínica social atende a pessoas de todos os estados do Brasil e de vários outros países!
Realizamos as turmas 11, 12 e 13 no formato online, e no ano de 2021 desocupamos o imóvel sede, e estamos atuando hoje exclusivamente online. Já finalizamos as turmas 14, 15, 16, 17 e 18, e em breve iniciaremos a turma 19. O formato online tem grandes vantagens, mas a perda do espaço presencial limitou a interação dos supervisionandos, e assim criamos espaços virtuais buscando uma maior possibilidade de compartilhamento de experiências e conhecimento.
Um abraço a todos, e sejam muito bem-vindos ao IMGT!
A Pandemia
As turmas de supervisão e os cursos continuaram crescendo, até que, em março de 2020, no meio da décima turma do curso, tive que paralisá-lo devido a pandemia. Jamais desejei atender ou lecionar online, mas logo percebi a situação não iria se resolver rapidamente. Assim, o trabalho online foi um ajustamento criativo necessário para o IMGT.
A turma 10 foi finalizada online, e as supervisões e atendimentos também continuaram nesse formato. O online foi uma grande surpresa, pois apesar de ser muito diferente da interação presencial, os atendimentos, aulas e supervisões fluíram muito bem, e com um ganho que não imaginava antes: logo havia supervisionandos e alunos de várias cidades, estados e países na mesma turma!
Ampliação do IMGT
Assim, como um bom exemplo de ajustamento criativo diante de um meio altamente desafiador, o IMGT se ampliou desde o início da pandemia! Hoje são cerca de 50 profissionais nos grupos de supervisão, e nossa clínica social atende a pessoas de todos os estados do Brasil e de vários outros países!
Realizamos as turmas 11, 12 e 13 no formato online, e no ano de 2021 desocupamos o imóvel sede, e estamos atuando hoje exclusivamente online. Já finalizamos as turmas 14, 15, 16, 17 e 18, e em breve iniciaremos a turma 19. O formato online tem grandes vantagens, mas a perda do espaço presencial limitou a interação dos supervisionandos, e assim criamos espaços virtuais buscando uma maior possibilidade de compartilhamento de experiências e conhecimento.
Um abraço a todos, e sejam muito bem-vindos ao IMGT!